terça-feira, 24 de março de 2009

Instantâneo!


Sabe, isso tudo me assusta!
As evidentes controvérsias existentes, fruto das intensas transformações ocorridas principalemente nos últimos 300 anos deixam claro que o mundo passou a reger-se em um plano fora do comum, onde a aceitação é instantânea, as pessoas são instantâneas, até a comida já é instantânea.
Somos "vítimas" de um crescimento tecnológico desordenado que prioriza a busca incessante por desenvolvimentos de grande porte como as descobertas de novos planetas, esquecendo por um outro lado as políticas sociais. Enquanto milhares de pessoas morrem na África devido a fome, a AIDS e toda a miséria que assola o continente; as grandes potências investem bilhões em programas espaciais que na grande maioria das vezes não trazem os resultados almejados. Até que ponto isso é justo?
A ética está infelizmente caindo na banalidade, em um labirinto escuro, um caminho que pode nem ter volta. O homem hoje é essencialmente capitalista, apolitizado, burocrático e manipulador.
Se rapidamente refletirmos perceberemos que o processo social foi brutalmente acelerado; o homem demorou mais de 100 mil anos pra descobrir o fogo, para confeccionar novos instrumentos... e em contraponto demorou menos de 300 anos para formar os grandes centros urbanos, rodeados de grandes edificações e caracteristicas que até poucos séculos eram impossiveis de imaginar. Construimos os carros, os aviões, os foguetes, a televisão, o computador, as favelas e toda a miséria que somos obrigados a conviver.
Chegamos ao ponto onde a tecnologia não influencia mais os aspectos culturais, ela por si só se constitui como cultura. Quem de nós conseguiria hoje viver sem um celular, o computador, ou qualquer outro meio que demonstre a força do poderil cientifico em nome do lucro capitalista.
Todo esse processo cintifico-contemporâneo contribui para desacelerar os valores da cidadania que não é exercida como muitos pensam, apenas através do voto e sim em nome de todo um processo político, social e histórico que visa alcançar várias dimensões englobando os pontos de vista individuais e coletivos.
Podendo se afirmar então que tal capitalismo é por si só discriminatório, representando um empecilho as mudanças e a evolução puramente social, visto que a desconcentração de renda e o exercício do poder em nome destes ideias contemporêneos colocam em segundo plano as reais frustrações da população, onde a real descrença da sociedade no Estado está baseado nesse modelo de crescimento adotado pelos setores dominantes.
E apesar de toda a imensa mudança ocorrida na estratosfera planetária, os ditames que regem a sociedade continuam os mesmos. Dominantes X Dominados!